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  • Agosto 8, 2023

    Juntaram-se numa altura em que o consumo de música era bem diferente, com um gosto em comum: a música. Com outras formações foram crescendo e passando por diversos palcos nacionais e internacionais. Num futuro próximo, The Black Mamba vão lançar "Last Night in Amsterdam", um álbum que podes ficar a conhecer já um bocadinho melhor nesta entrevista.

  • Isa Pires Ferreira, a menina de Guimarães que encanta no The Voice Kids

    Vive com os pais, o irmão mais velho, de 19 anos, e com a sua gata. Toda a família apoia-a muito na sua carreira artística. A música entrou sem pedir licença. “Quando era pequena, não sonhava ser cantora. A música entrou na minha vida devagarinho”, começa por contar. Aos seis anos, foi inscrita pela mãe num teatro musical, mas “nem cantava”, admite com um sorriso tímido. O tempo passou, e o que era curiosidade virou paixão. Aos 10 anos, Isa decidiu fazer provas para o Conservatório de Guimarães, passou e desde então não parou de crescer.

    Hoje, não é só a voz que impressiona. Isa já fez cinco musicais e esteve em palcos como o Já cantou para mais de 800 pessoas, em musicais e saraus. Faz teatro desde os seis anos e as personagens que interpreta têm músicas ao vivo. Pratica dança desde os seus quatro anos, faz agora hip-hop e House. Gosta de ler romances. A sua entrada no The Voice Kids foi, até agora, a maior aventura.

    O salto de coragem para a televisão

    “Já pensava em tentar concorrer desde os oito anos, mas achava que não era a altura certa. No ano passado até comecei a inscrição, mas desisti”, contou à Mais Guimarães. Este ano, algo mudou. Isa sentiu que tinha crescido, não só como artista, mas como pessoa. “Ganhei confiança. Estava pronta”.

    A inscrição foi rápida e o processo, ainda mais. “Enviei o vídeo a cantar, fui chamada para o casting no Porto, passei, e dias depois já estava em Lisboa para os ensaios”, descreve. Tudo aconteceu em cerca de 15 dias, “foi tudo a correr”.

    Isa escolheu uma música de Elvis Presley, “Can’t Help Falling In Love”, descoberta num dos seus espetáculos de teatro. “Achava que a minha voz encaixava bem ali.” A escolha revelou-se certeira. Nas Provas Cegas, a interpretação emocionou os mentores. Nena e Diogo Piçarra viraram a cadeira. “Fiquei muito feliz! Eram os dois que eu queria”, conta, ainda com brilho nos olhos. Acabou por integrar a equipa de Nena, a cantora bloqueou Diogo, num dos momentos mais intensos do programa.

    © DR

    Cantar com Diogo Piçarra? “Sem palavras”

    Mais tarde, teve a oportunidade de subir ao palco novamente, desta vez, ao lado de Diogo Piçarra. “Foi sem palavras. As nossas vozes combinaram muito bem. Foi um momento muito feliz para mim”.  E os nervos? “No início estava tranquila, tentei não pensar nas cadeiras. Mas nas últimas frases da música comecei a tremer. Quando vi as cadeiras a virar, foi como um alívio. Senti que o esforço valeu a pena.”

    Por trás da artista, uma mãe de coração cheio. Para a mãe, Sónia Pires, tudo isto é mais do que uma aventura, é um orgulho difícil de descrever. “Ela sempre pediu para acompanharmos os sonhos dela. Mas ver, ao vivo, é outra coisa. A espera, a incerteza… é muito intenso emocionalmente”. Quando a cadeira virou, conta, ficou “imóvel, sem reação”. “Foi uma descarga emocional enorme”.

    A família fez tudo para acompanhar Isa, mesmo sem grandes apoios. “Tivemos de meter férias. A Junta de Freguesia de Balazar ajudou. Mas a escola não facilitou, porque não é atividade escolar. Fomos sempre sozinhos. As amigas da Isa queriam ir, mas não conseguimos levar mais ninguém”.

    Mais do que um concurso, uma lição de vida

    No meio de tudo, Isa destaca o ambiente vivido com os outros concorrentes. “É como se já nos conhecêssemos há anos. Não há competição. Se alguém não passa, ficamos tristes por eles, mesmo estando felizes por nós. É muito bonito”. Sobre o futuro, não hesita: “Quero ser cantora. E também atriz de teatro musical. O ideal seria fazer as duas coisas”. E se vier a fama? “Era bom. Mas quero é continuar a fazer o que amo”.

    A mãe reforça: “Nunca entrámos nisto com o objetivo de ganhar. O que nós queríamos era que ela vivesse a experiência, aprendesse, fosse feliz. Tudo o que vier, será positivo”. Isa segue agora para a fase das batalhas. Mas, qualquer que seja o desfecho, a jovem já conquistou algo maior: a certeza de que está a caminhar para aquilo que a faz feliz. E isso, sim, é a maior vitória.

     

MAIS SAL por Salgado Maia

Mais sal é condimento, tempero indispensável, é crítica, opinião, torna o que importa notável.

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